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Japuka em Guarani significa: nós rimos. Nós, neste caso, inclui as pessoas com quem se fala. Muitas comunidades Guarani e Kaiowá são vulnerabilizadas, marginalizadas e expostas à violência e à fome. Isso se dá, entre outros motivos, devido aos conflitos fundiários e à drástica transformação do território indígena na grande Dourados e no sul do Mato Grosso do Sul. Por isso, para os Palhaços Sem Fronteiras é muito importante que a sociedade, artistas e agentes culturais apoiem a causa indígena. Em mais uma colaboração entre PSFB e Clowns Without Borders USA (Palhaços Sem Fronteiras dos Estados Unidos da América) o projeto realizado em Dourados (Mato Grosso do Sul) atuou em retomadas indígenas que estão atualmente em situação de vulnerabilidade e invisibilidade social.

O elenco que fez parte desse projeto contou com 2 artistas dos Estados Unidos e 3 artistas do Brasil e percorreu durante quase um mês um caminho pela “terra vermelha” em busca de conexões, fortalecimento da cena artística de Dourados e, principalmente, em busca da possibilidade de colocar sorrisos nos rostos das comunidades e povos originários. O projeto facilitou o acesso de crianças indígenas à palhaçaria e ao circo e também o fortalecimento da cena artística local através das oficinas, impulsionando momentos felizes e criando espaços de encontro, celebração, alegria e vitalidade. Esse projeto foi executado como parte da programação de projetos da Jornada de Embaixadores PSFB 2022.

“Tem sido dias intensos de apresentações, de muito esforço e condicionamento físico. As duas apresentações de hoje foram cheias de energia e significados, me fez pensar em como o ambiente, o território, a história de cada criança constrói a forma com que ela se porta diante de outras pessoas ou situações. Em como o riso continua sendo a maior potência de transformação que eu acredito e em como é gostoso demais fazer palhaçada com gente maneira do meu lado. Tô muito feliz, muito grata, muito orgulhosa e muito cansada. Ah, eu amo as partilhas e como eu aprendo sempre com esse momento de troca e escuta entre nós S2” – Diário de Bordo de Ludmila Lopes, artista e produtora local do projeto.